OTT e IPTV: o futuro da TV por assinatura

*Por Anton Gora, desenvolvedor de sistemas da Cianet

OTT (Over-The-Top) é um termo que se refere à entrega de conteúdo em audiovisual distribuído pela internet sem o envolvimento de grandes difusores, como empresas de TV por assinatura. De acordo com uma companhia de pesquisa inglesa especializada em mídia, Juniper Research, o OTT será responsável pelo fim da TV por broadcast como a conhecemos hoje. O estudo aponta que serviços como o Netflix se tornarão o padrão de consumo de conteúdos televisivos em um futuro próximo. A projeção é que o mercado de OTT salte de um faturamento de US$ 8 bilhões em 2014 para US$ 32 bilhões em 2019. A pesquisa prevê que no fim desta década, 84% dos acessos OTT se realizem por meio de Smart TVs. O IPTV, que também é considerado um modelo de TV não convencional e interativo, e sobre o qual já abordamos muito aqui no blog, deve duplicar de alcance em quatro anos, quando as operadoras móveis de rede virtual passarem a oferecer serviços de triple e quad-play.

Outra tendência é o avanço de tecnologias de altíssima definição como o 4K, A expectativa é que à medida que o preço dos aparelhos de TV diminuam, a tecnologia se popularize. Uma pesquisa divulgada pela Futuresource Consulting aponta que 100 milhões de aparelhos 4K sejam vendidos anualmente até 2018. Empresas apostam que o consumidor estará disposto a pagar mais por conteúdo de definição superior.

Essas tendências devem demorar mais para se manifestar no Brasil, já que a TV aberta é muito consolidada e as TVs por assinatura convencionais continuam a crescer. As baixas taxas de transmissão por banda larga também impedem um avanço significativo em curto prazo. Serão necessários investimentos em grande escala na infraestrutura de telecomunicações para que esse quadro se modifique.

Seu provedor já está se adequando para seguir essa tendência?