Normatização dos projetos PON LAN para integradores

Os padrões de cabeamento ANSI/TIA/EIA existem desde 1995 e abordam todas as normas necessárias para implantar um cabeamento estruturado (inclusive projetos PON LAN), que, por sua vez, trata-se de uma infraestrutura flexível que suporta a utilização de cabos para redes de dados, voz, etc. Essa estrutura compreende cinco áreas: a sala de equipamentos (onde ficam os ativos do sistema e as interligações com sistemas externos), o cabeamento vertical (conjunto de cabos primários para ligar a sala de equipamentos até os painéis distribuidores), os painéis de distribuição (localizados em diversos pontos do condomínio, edifício, empresa, etc., para receber o cabeamento primário vindo dos equipamentos e o cabeamento horizontal que se conecta às áreas de trabalho), o cabeamento horizontal (cabos secundários que ligam o painel de distribuição ao ponto final do cabeamento) e a área de trabalho (ponto final do cabeamento).

Esses padrões contribuem para o crescimento das redes, já que facilitam a interoperabilidade, projetos, fabricação de dispositivos e componentes de rede, além da própria instalação. A principal norma que rege os projetos PON LAN é a norma americana ANSI EIA/TIA 568-B.3, a qual vamos tratar mais a fundo a seguir.

Projetos PON LAN: ANSI/EIA/TIA 568-B.3

ANSI/TIA/EIA-568B

O documento ANSI/TIA/EIA-568-B, de 2002, substituiu a norma ANSI/EIA/TIA-568-A, e trata do “Sistema de Cabeamento Genérico de Telecomunicações para Edifícios Comerciais”. Ele é estruturado em três divisões:

TIA/EIA/568-B.1 – “General Requirements”

Especifica os requerimentos mínimos para o cabeamento de telecomunicações tanto no interior dos edifícios como nas instalações entre edifícios. Estipula topologias, distâncias, configurações dos conectores, etc.

TIA/EIA/568-B.2 – “Balanced Twisted Pair Cabling Components”

Especifica os componentes de cabeamento, transmissão, modelos de sistemas e procedimentos de medição para a verificação do cabeamento de par trançado.

TIA/EIA/568-B.3 – “Optical Fiber Cabling Components Standard”

Especifica os requerimentos dos componentes e transmissão para um sistema de cabeamento de fibra óptica (como cabos e conectores). É esse documento que os integradores de projetos PON LAN precisam conhecer a fundo. A norma reconhece os cabos ópticos multimodo e cabos monomodo e inclui requisitos de transmissão de cabos e componentes de fibra como:

Performance de conectores: a norma diz que a perda de inserção máxima para todos os tipos de conectores ópticos (multimodo e monomodo) em projetos PON LAN é 0,75dB e a perda de retorno máxima é – 20dB para cabos multimodo e – 26dB para cabos monomodo.

Raio de curvatura mínimo e força de tensionamento: segundo a norma, os cabos de 2 e 4 fibras utilizados para cabeamento horizontal precisam suportar um raio de curvatura de 25mm (1″) sob nenhuma condição de carga. Esses cabos, para serem lançados pelo caminho horizontal durante a instalação, devem suportar raio de curvatura de 50mm (2″) sob tração de 222 N (50lbf). Já os cabos para instalação externa precisam suportar raio de curvatura de 10 vezes o diâmetro do cabo sob nenhuma condição de carga e 20 vezes o diâmetro externo quando há tensão de carga no cabo até o limite avaliado. Os cabos devem atender um mínimo de 2670 N de força de tensão.

Identificação de conectores: de acordo com a norma, conectores tipo 568SC de projetos PON LAN podem ser usados em cross-connect horizontal intermediário e principal. A posição das duas fibras no conector e adaptador 568 SC deve ser identificada como posição A e posição B. O conector e adaptador multimodo precisa ser de cor bege. Já o conector e adaptador monomodo deve ser de cor azul. Os conectores SFF (Small Form Factor), por sua vez, podem ser usado em cross-connect horizontal intermediário e principal, pontos de consolidação e áreas de trabalho.

Você tem alguma dúvida sobre a ANSI/TIA/EIA/568-B.3 ou sobre projetos PON LAN em geral? Escreva nos comentários que iremos lhe ajudar!