Flexibilidade na operação de TV: bom para o provedor, melhor para o consumidor

 

Conforme já explicamos no e-book Manual do IPTV para operadoras, o processo de implantação de uma operação de TV é bastante complexo e envolve diversas etapas – obtenção de licença SeAC, instalação da infraestrutura de rede básica e escolha do line up de canais, por exemplo. Em cada uma delas, provedores devem atentar para adequar suas escolhas às necessidades do seu público-alvo. Frente a um mercado cada vez mais em movimento, com a chegada de perfis de consumidores distintos, ter flexibilidade na oferta de televisão é fundamental.

Segundo estudo da consultoria Frost & Sullivan, apenas 30% dos brasileiros possuem TV paga, enquanto a média na América Latina é de 45% e no mundo, 56%. Portanto, há um nicho grande ainda a ser explorado. Nesse contexto, existem duas partes que podem tornar a implantação da operação de TV mais demorada: escolha do headend (1) e do set-top-box (2). Respectivamente, tratam-se do aparato técnico que recebe, processa e distribui os sinais do sistema IPTV e, em seguida, do conversor digital, que fica junto aos clientes e sintoniza os canais conforme a transmissão e protocolo escolhidos

Modulando a oferta, é possível:

Fazer um investimento mais adequado, sem atropelos, conforme a necessidade e condições do seu negócio. Pequenos provedores, por exemplo, podem ter dificuldades na aquisição de headends e set-top-boxes. Nesse sentido, pensar em buscar recursos junto a empresas públicas cujo principal objetivo é financiar a longo prazo a realização de investimentos em todos os segmentos da economia, de âmbito social, regional e ambiental (como o BNDES), pode ser uma boa estratégia. Algumas fornecedoras de tecnologia disponíveis no mercado possuem uma série de parceiros que podem ser indicados.

Oferecer um serviço melhor de operação de TV. Afinal, a operadora não vai estar deixando de investir. Caso a escolha seja realmente por comodato, o provedor pode investir em suporte interno, por exemplo, e melhorar essa parte do processo. Estar próximo dos consumidores é uma estratégia que pequenos e médios podem – e devem – adotar para que tenham condições de competir com os grandes.

A ‘blocagem do serviço’, além de privilegiar o consumidor – que tem a opção de comprar os serviços conforme a necessidade -, também tem capacidade de aumentar o retorno aos provedores.