Guia completo de equipamentos para montar um provedor de internet

Montar um provedor de internet, assim como qualquer negócio, exige pesquisa, planejamento e muito dedicação. Afinal, tirar o sonho do papel e colocar em prática envolve diversas questões burocráticas e práticas como a escolha e aquisição de materiais e ferramentas para iniciar a operação dos serviços.

Mas afinal, quais são os equipamentos necessários para montar um provedor de internet? Em quais tecnologias investir? Quanto custa para montar um projeto? Como escolher bons fornecedores? Neste artigo especial que preparamos, você irá conhecer todos os equipamentos e itens necessários para iniciar a oferta de serviços de fibra na sua região e ainda informações sobre custos e fornecedores.

Confira!

Guia completo de equipamentos necessários para montar um provedor de internet:

  1. Dentro do ISP
  2. Na rua
  3. Na casa do cliente
  4. Em prédios e empresas
    + Custos e escolha do fornecedor

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Dentro do ISP

Para iniciar as operações de fibra óptica e montar um provedor de internet, é preciso organizar uma infraestrutura básica que é ligada à rede óptica na rua, e que leva o sinal aos clientes. Alguns elementos se repetem ao longo do projeto, como cabos e o splitter (que vamos abordar mais adiante). Confira a seguir os componentes essenciais para instalação da infra dentro do ISP:

 

montar um provedor de internet

    • Roteador de borda (2): existem diferentes tipos de roteadores, aqui, dentro do ISP, o modelo indicado é roteador de borda que garante a tráfego de dados na internet. É um dos elementos principais da rede e irá garantir a qualidade de sinal para os clientes.
    • Servidor VoIP (4): caso o provedor ofereça o serviço de telefonia, é necessário utilizar um servidor VoIP, que permite realizar ligações de modo otimizado e com melhor custo benefício.
    • Servidor PPoE (3): PPPoe é um protocolo de rede que permite identificar o endereço IP dos usuários, e que é usado principalmente para conectar a placa de rede do provedor aos usuários de uma rede LAN, a partir de uma linha DSL. Para isso, é necessário possuir um servidor para o armazenamento de dados dos clientes. Com essas informações, o provedor pode fazer o gerenciamento dos usuários, controlando a quantidade de banda e o número do MAC do cable modem — para bloquear ou liberar os usuários com velocidade.

      Além do PPPoe, os provedores podem utilizar o protocolo DHCP, que é mais dinâmico e possui configurações automáticas. Entenda as diferenças neste artigo.
    • Switch de agregação (5): existe uma grande variedade de switches no mercado, que são os equipamentos responsáveis por conectar os computadores e dispositivos na rede, estabelecendo canais de comunicação. Eles podem ser gerenciáveis ou não gerenciáveis, bem como de agregação e fixos. O switch de agregação permite a expansão da rede de modo seguro e simplificado.
  • SFP de ponto a ponto (7): pequeno equipamento que permite a transmissão e recepção de dados, com segurança e eficiência. 
  • OLT (8): um dos equipamentos mais importantes da rede, a OLT gerencia o sistema e oferece uma interface de conexão ao restante da rede, podendo ser acomodada em ambientes indoor ou outdoor. Na prática, o sinal óptico é transmitido pela OLT a partir de uma ODN (Optical Distribution Network), convertendo o sinal óptico em elétrico para os dispositivos padrões, como telefones, computadores e outros equipamentos.

    Ela pode variar conforme o número de portas e tecnologia. Na tecnologia GPON, por exemplo, podemos encontrar modelos de 8 até 16 portas (com a OLT GPON Stand Alone).
  • Cordão Óptico (10): são cabos utilizados na conexão entre equipamentos como DIOs, switches e roteadores.
  • DIO (Distribuidor Interno Óptico) (11): é o equipamento responsável pela proteção das sobras e fibras do cabo backbone. Ele permite acomodar e conectar as fibras aos conversores de mídia e OLTs. Em geral, é colocado em racks do provedor. 

Conheça a OLT GPON Stand Alone da Cianet!

 

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Conheça a nova ONU híbrida da Cianet, que pode ser utilizada com as tecnologias GPON e EPON!

Outros elementos necessários para infraestrutura dentro do provedor, são:

  • Cabo backbone (1)
  • Cabo Lan (6)

O provedor também pode utilizar como elementos secundários:

Na rua

No Brasil, o modelo mais comum de cabeamento para fibra óptica é o aéreo, com ligação entre os postes de energia elétrica. Em outros países, há também a modalidade subterrânea, com apresenta maior segurança contra acidentes com carros, caminhões ou até mesmo árvores, que volta e meia causam problemas nas redes aéreas. 

Assim, para fazer a intermediação da infra do ISP até a casa do cliente, prédios e empresas, os cabos devem ser ancorados e presos nos postes de forma adequada e com materiais resistentes. Vale lembrar que para fazer esse processo é necessário solicitar previamente o compartilhamento e locação do poste com a companhia elétrica da sua região, a partir da apresentação de um projeto de rede.

Mas afinal, o que vai nos postes elétricos para passar o sinal de fibra óptica? 

Bom, primeiro é importante destacar que como se trata de uma rede, alguns elementos vão ser utilizados apenas em partes específicas do projeto, conforme a localização dos clientes e modalidade do projeto. De modo geral, todos os postes elétricos recebem:
montar um provedor de internet

  • Cinta BAP (braçadeira) (40): pode ser mais fina ou mais reforçada, conforme a necessidade do projeto. O seu principal objetivo é sustentar, fixar e ancorar os cabos de fibra óptica no topo dos postes.
  • Kit Ancoragem (39): trata-se de um conjunto de materiais que são utilizados no início e no final do cabo de fibra, bem próximo ao poste elétrico. Ele garante o posicionamento correto do cabo, sem forçar ou deixar solto demais o cabeamento. Esse kit também é aplicado em pontos de mudança de trajeto dos postes e das ruas.
  • Cabo backbone (1): é o cabo base da rede, também conhecido por desempenhar a função trocal. É a partir do cabo backbone que saem as ramificações para outros cabos da rede.

    Ele é um cabo bastante resistente e encorpado, o que impede dobras mesmo em curvas ou esquinas. Para isso é preciso cortar o cabo e colocar em uma CEO (Caixa de Emenda Óptica), para fazer as ramificações primárias a partir do splitter balanceado ou desbalanceado.


Leia também Cabos de fibra óptica: entenda os tipos para cada ramificação de rede

 

 

 

  • Splitter: é um componente passivo utilizado na rede de fibra óptica para distribuir e ramificar o sinal da fibra, aumentando a sua capilaridade. Com o splitter, a OLT pode atender várias ONTs, sendo fundamental em operações ponto-multiponto.
    • Splitter desbalanceado (FBT – Fused Biconical Taper) (14): é um equipamento que possui 1 porta de entrega e 2 de saída. Permite controlar a perda de sinal, sendo um elemento importante para dimensionar a qualidade de sinal dos projetos. Possui baixa polarização, alta estabilidade e diferentes modelos de acoplamento.
    • Splitter Balanceado mini module ou box module (PLC – Planar Lightwave Circuit): modelo mais popular entre os provedores regionais, esse splitter pode ter de 2 a 128 portas de saída, com 1 ou 2 portas de entrada (o que permite alocar um número maior de clientes). Além disso, também viabiliza o controle da rede ativa com um OTDR PON.

 

Leia também Splitter: quando utilizar os modelos balanceado e desbalanceado?

 

  • Cabo de distribuição (Cabos de Acesso): são os cabos que saem das CEOs (Caixa de Emenda Óptica) e que ligam a fibra óptica às CTOs (Caixas de Terminação Óptica). 
  • CTO (Caixa de Terminação Óptica ou ainda Caixa de Atendimento) (16):  a CTO é um equipamento essencial para aumentar a velocidade na instalação das redes nos postes elétricos e reduzir custos com materiais. Ela amplia a eficiência e segurança das fusões e acomodações dos cabos de fibra óptica, e deve ser usada com um splitter. Com a CTO, o provedor pode fazer emendas, divisão e distribuição das fibras.

Conheça a CTO 0216 da Cianet!

  • Conector e Adaptador de campo de clip ou rosca (APC ou UPC) (18): a principal diferença entre os polimentos APC (verde) e UPC (azul) está no formato das terminações, que influenciam no desempenho e no caminho que a luz (ou sinal) percorrerá através deles. As aplicações variam conforme o projeto, e devem ser planejadas com cuidado, uma vez que o preço tem bastante diferença entre os modelos.
  • Cruzeta para reserva técnica (38): trata-se das ferragens necessárias para acomodar a reserva técnica do cabo óptico no poste elétrico. A cruzeta é formada por duas chapas de aço galvanizadas, soldadas em forma de cruz que permitem enrolar o cabo de modo seguro e adequado.
  • Plaquetas de identificação: por fim, a instalação no poste elétrico também deve conter plaquetas de segurança e identificação das rotas e cabos de fibra óptica.


Maleta de ferramentas para montar um provedor de internet 

Para realizar a instalação dos cabos nos postes, os técnicos de ISP devem ter uma série de ferramentas, para corte, limpeza e preparação dos equipamentos. Confira o que não pode faltar na sua maleta, quando for montar um provedor de internet:

  • Máquina de fusão (23)
  • Decapador de máquina low friction (24)
  • Decapador de fibra óptica (25)
  • Power meter óptico (26)
  • Roteador de tubo loose (29)
  • Tesoura para corte de Aramida (30)
  • Localizador visual de falhas (32)
  • Limpador de conector óptico (33)
  • OTDR

Outros materiais opcionais:

  • Light Source (27)
  • Identificador de fibra óptica (28)
  • Fiber ranger (31)

 

Na casa do cliente

montar um provedor de internetPor fim, depois de percorrer todo o caminho desde a infraestrutura do ISP, passando pelas ruas e postes, a internet chega a casa do cliente. Aqui são essenciais apenas três equipamentos: a ONU, o cabo drop e o roteador doméstico:

  • ONU / ONT: são os equipamentos responsáveis por receber os sinais ópticos e converter em sinal elétrico, podendo ser transmitido a um equipamento Ethernet. A ONU é usada no meio da rede, como em prédios comerciais onde pode haver vários assinantes. Nesse caso, a ONU é ligada a outro equipamento, chegando ao assinante final. Já a ONT é usada quando está na casa do assinante ou dentro do escritório. O modelo pode variar conforme o número de portas e tecnologia, EPON ou GPON. Conheça os equipamentos da Cianet:
  • Cabo drop (Cabo de Terminação) (37): o cabo drop nada mais é do que o cabo de acesso ao assinante, que levam o sinal de internet da rua para a casa do cliente. Por isso é essencial que ele seja resistente, tenha baixo atrito, com baixa sensibilidade a curvaturas, e possua outros aspectos de segurança.

Existem dois modelos principais, o COG (Cabo Óptico de Uso Geral) ou o LSZH (Low Smoke Zero Halogen).  Saiba como escolher o cabo drop ideal para sua rede óptica passiva

Outros equipamentos acessórios para instalação de rede em residências, são:

  • Cordão óptico (10)
  • Conector de campo de clip ou rosca – APC ou UPC (18)
  • Adaptador APC ou UPC (19)
  • PTO – Y (roseta) (20)

Prédios e Empresas

Os equipamentos e ferramentas necessárias para realizar a conexão de fibra óptica em prédios e empresas são semelhantes aos materiais utilizados nas casas. A principal diferença está no número de clientes que irão usar a internet e no tamanho do local a ser instalada a rede.

Ao atender uma empresa, por exemplo, em que há várias salas e departamentos, é preciso contar switches de acesso (também chamado de switch de borda), que transmitem os dados e garantem o máximo desempenho da rede, mesmo com um número maior de usuários. Já em um grande prédio ou instituições de médio porte, é necessário utilizar switches de distribuição, switch core e switches de acesso.

montar um provedor de internetONU / ONT

Assim como nas residências, para prédios e empresas, é necessário contar com ONUs (também chamadas de ONTs). A diferença aqui, está no tipo de ONU e na tecnologia utilizada, que pode ser GPON ou EPON.

 

Cabo Lan / Cabo de rede (6)

Como o próprio nome já diz, trata-se do cabo de rede que será utilizado no prédio ou na empresa para realizar a conexão de internet. Esse cabo irá garantir a transmissão de dados, voz e imagens, a partir da ONU e switch de acesso. Pode ser revestido para dar um melhor acabamento e aperfeiçoar a estética de projetos maiores. 

 

Extensão óptica (35)

São cabos de fibra óptica conectorizados em fábrica com conector em apenas uma das extremidades. A extensão óptica é utilizada para a interligação de um cabo externo a equipamentos ópticos com os acessórios de terminação dos cabos, tais como DIOs.

Outros equipamentos necessários para instalação de rede em prédios e empresas, são:

  • Conector de campo de clip ou rosca – APC ou UPC (18)
  • Adaptador APC ou UPC (19)
  • Cordão óptico (10)

Outros equipamentos acessórios, são:

  • PTO – Y(roseta) (20)
  • Bloqueio interno óptico (FOB – B) (34)

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Bônus: Custos e escolha de fornecedor para montar um provedor de internet

Agora que você já conhece todos os equipamentos essenciais e ferramentas opcionais para montar um provedor de internet, você deve estar pensando em quanto irá gastar para transformar o seu sonho em realidade. Bom, de fato são muitos equipamentos e o investimento inicial não é tão baixo, mas o retorno financeiro a médio e longo prazo deste segmento é muito atrativo, principalmente com a alta demanda por internet, com o uso crescente de dispositivos, games e serviços de streaming nos últimos anos.

Para evitar desperdícios financeiros com cabos, equipamentos e ferramentas é essencial ter um bom projeto de rede. Sem esse projeto você até pode começar a operar, mas a médio prazo certamente terá problemas para expandir o seu negócio. Isso porque sem uma análise da região, das ruas em que a fiação irá passar e de quantos clientes pretende atender, você pode ter que trocar os equipamentos ou ficar limitado por conta dos aparelhos adquiridos inicialmente. Outro problema é comprar ferramentas e materiais a mais que podem sobrar e não trazer um retorno financeiro.

Assim, o quanto você vai gastar para montar um provedor de internet, irá depender do tamanho do seu projeto de rede, de quantos e quais clientes você pretende atender, qual a região e outros pontos, abordados nestes artigos a seguir:

Para finalizar, vale a pena destacar ainda, que a escolha do fornecedor é tão importante quanto a aquisição dos equipamentos. Não adianta ter um projeto FTTH completo e importar materiais de outros países, sem regulamentação, nota fiscal ou garantia, só para economizar. Trata-se do famoso “barato que sai caro”.  Muitos provedores nessa situação já ficaram sem suporte técnico e tiveram até mesmo os equipamentos apreendidos pela Anatel. Ou seja, é essencial buscar fornecedores com experiência de mercado, com materiais homologados pela Anatel e que ofereçam suporte completo para a sua empresa.

A Cianet, por exemplo, está há mais de 25 anos no mercado, apoiando ISPs com equipamentos de alta qualidade (nacionais, homologados pela Anatel e com nota fiscal) e ainda, soluções inovadoras como o serviço de atendimento digital Mobo. Os clientes também podem contar um time de especialistas técnicos e que possuem ampla experiência de mercado. Além disso, com o atendimento digital, os clientes têm suporte para projetos, apoio para gestão e diversas opções para compras.


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